LOVE

Que dias há que na alma me tem posto.Um não sei quê, que nasce não sei onde,vem não sei como e dói não sei porquê.


Luís Vaz de Camões

sábado, 17 de abril de 2010

yesterday




Ontem,eu estive pensando em mil motivos para fazer uma ligação.Para ir até o telefone,e tira-lo do gancho pra dizer à alguém que eu estava com raiva porque ninguém se lembrou de me ligar. Nem mesmo pra perguntar o porquê de eu não estar na sala de aula.

Mas,pensei em outros mil.
Eu não tinha motivos,era essa a verdade.

Mas,há algum mal em querer ser amada? Em querer que alguém sinta sua falta? Pergunto-me se eu sou a errada.
Por amar demais,todos aqueles ao meu redor.Por viver dizendo a eles,o quanto podem contar comigo e que eu estarei lá,assim que eles chamarem. Por eu sempre estar recolhendo os cacos,e tentando os reconstruir? Quem nunca se sentiu assim? Ah,o caso aqui é que às vezes,eu me pergunto onde estão esses "amigos" ? Entendo alguns,e me surpreendo com outros.
Mais,quando eu preciso parece que todos somem,um deles me disse assim : "Não fique assim,tem muitas pessoas que gostam de você" E eu fiquei : "Por onde eles estão? Não estou vendo nenhum" .
Mamãe me perguntou se eu estava bem,e eu disse que sim.As músicas que eu estava ouvindo até um minuto atrás,me encorajaram a vir aqui e contar.Não pra muitos,e nem pra todos. Só pra alguns,e esses 'alguns' são os que se importam. Os que ligam,os que mesmo não me conhecendo direito,vêm aqui e lêem o que está escrito. Só pra saber se eu estou bem,e querendo saber como eu estou diante de tudo.
Não generalizo,quando digo que "todos" sumiram,estou dizendo. Que poucos dos meus "amigos" se importam.
Antes,quando tudo estava mal,o grupinho que eu tinha na antiga escola vinha em casa e faziam a maior zuera,tudo pra me deixar bem. E eu ficava bem.
Mas,com eles,eu sentia que eu não podia contar tudo o que se passava dentro de mim,que eu nunca estava completa. Parecia que era só uma ilusão tudo aquilo,como parece até hoje.
É complicado,de se explicar. Houve um tempo em que eu prometi esquece-los,deixar todas as lembranças para trás,para dar espaço para as novas aventuras que eu estou vivendo. Mas isso só são aventuras,e aventuras nem sempre envolve o sentimentalismo.
E essa é uma delas.
Essa é daquele tipo que você pula da ponte,e só a adrenalina está mechendo com você. Você não pensa se existe pais que se preocupam com você,ou,amigos que iram sentir sua falta. Você só quer pular e sentir o vento na sua cara. Porque naquele momento,é tudo o que importa.
Não quero transferir minha dor para você,ou me lamentar. Mas,é que às vezes,as coisas desabam,até mesmo para aqueles que sempre estão com seus pés firmes no chão.



Raissa Jiménez

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